PARAHYBA, MULHER MACHO

Número de registro da Embrafilme 169/83.Número do processo de entrada no Concine 1353/83.Certificado de Produto Brasileiro LM-646/83.

"A história de Anayde Beyriz, uma filha de tipógrafo que fez o curso normal e diplomou-se por méritos, tornou-se mulher de idéias próprias. Escreveu contos de amor e loucas poesias, conquistando também o prazer de uma vida só permitida aos homens, indignando a sociedade patriarcal e preconceituosa da Paraíba dos anos 20. Teve uma forte e sensual ligação amorosa com João Dantas, filho de tradicional família, comprometido com a política perrepista dos coronéis e que desencadeou a revolução de 30 ao assassinar João Pessoa, então presidente do estado paraibano." (O Estado de S. Paulo)
"Em 1930, o Brasil vivia o conflito pré-revolucionário, onde o poder era motivo de discórdia entre políticos, militares, latifundiários e industriais. A Paraíba também estava dividida: a política do Estado era disputada, de um lado, pela Aliança Liberal de João Pessoa e, de outro, pelo Partido Republicano liderado pelo 'coronel' Zé Pereira.
Neste cenário, uma anônima cidadã, Anayde Beiriz, vivia uma outra revolução. Sua briga era bem diferente da dos homens: queria amar, expor seu pensamento e ter o direito de escolher sua própria vida. Entretanto, a paixão pelo advogado e jornalista João Dantas, amigo de Zé Pereira, transformou Anayde no retrato da mais trágica e desconhecida personalidade da Revolução de 30. Muitos motivos políticos foram alegados para a invasão do apartamento de João Dantas pela polícia do Estado, mas ao invés de armas, os agentes de João Dantas descobrem o diário íntimo do casal. O material torna-se público ao ser exposto na Delegacia e o escândalo é inevitável. Dias depois, às vésperas da Revolução de 30, Dantas acaba por vingar sua honra e a da companheira, assassinando João Pessoa na Confeitaria Glória, em Recife. A louca história de amor transforma-se em tragédia e fornece a gota d'água que faltava para deflagrar a Revolução." (FBR/16)

Drama

Literatura; Política; História; Mulher; Comportamento Social; Homicídio

Revolução de 30; Partido Republicano; Adaptação para cinema

PB

Prêmio de Melhor Fotografia para Moura, Edgar, Melhor Cenografia para Yamasaki, Yurika, Melhor Trilha Sonora para Goulart, Walter, Costa, Juarez Dagoberto da e Rodrigues, Lael, Melhor Técnico de Som para Costa, Juarez Dagoberto da e Melhor Longa-Metragem, Júri Popular no Festival de Brasília, 16, 1983, Brasília - DF..
Melhor direção, Melhor atriz e Melhor filme no Festival de Cartagena, 22, 1983 - CO..
Grande Prêmio do Júri no Festival de Biarritz, 5, 1983 - FR..
Prêmio Especial do Júri Popular da Associação dos Críticos de Andaluzia, 1983 - ES..
Prêmio da Conferência dos Cineclubes e Prêmio Especial do Júri no Festival de Huelva, 9, 1983 - ES..
Melhor interpretação feminina no Festival de Havana, 5, 1983 - CU..
Prêmio Especial de Teatro de Camera de Cartagena.