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PRATA PALOMARES Outras remetências de título: PORTO SEGURO Categorias Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Material original 35mm, COR, 110min, 3.413m, 24q, Eastmancolor, Westrex
Data e local de produção Ano: 1970-1971 País: BR Cidade: Rio de Janeiro Estado: GB
SinopseDois guerrilheiros saem de um local de batalha. Uma santa mensageira declama sobre o futuro da humanidade. Os guerrilheiros invadem a igreja de uma pequena cidade e ali se instalam. Discutem idéias para mudar o mundo e planos futuros, criticam o conservadorismo da igreja e procuram o paraíso. Acham um rádio, que passa a ser seu meio de comunicação com o novo mundo. Surgem divergências entre eles. A vontade de mudar o mundo é grande, mas as dificuldades são maiores e isto os leva a loucura. A santa aparece na igreja e diz querer ter um filho com os dois. Os três se relacionam sexualmente. Uma família rica e policiais vão até a igreja e instalam instrumentos e aparelhos para tortura. Os guerrilheiros se revoltam e um deles resolve se vestir de padre. O falso padre vai até o prefeito da cidade e faz exigências para a igreja. Em um bordel, conhece um cafetão. O falso padre ganha popularidade e seguidores. Mesmo no meio de muita confusão mental, ele reza missas com teor revolucionário proclamando a paz, a liberdade, os novos tempos e a chegada do paraíso. O guerrilheiro tenta fazer o padre deixar tudo para voltar a luta armada e o critica por seus atos corrompidos. Ele vai atrás de um barco para poder atravessar o mar para o outro lado. O padre quebra o rádio e inicia-se uma longa discussão entre os dois. O padre delira e ri sem parar, enquanto o guerrilheiro discursa sobre o fim da luta e o início de uma vida de loucura. A família rica, os seguranças e o chefe de polícia da cidade invadem a igreja e lá torturam o cafetão até morte. A santa leva o corpo do cafetão para um ritual religioso e faz protesto feminista dando armas às mulheres. O padre, violentamente pressionado, entra em completo delírio e coopera com os ricos torturadores. A santa é capturada e violentamente torturada. Os ricos descobrem que o padre é falso, e o convidam para fazer parte do grupo. A santa e o guerrilheiro conseguem um barco e partem. O padre quebra toda a igreja com a ajuda do povo. Os ricos entregam a cidade ao padre, que instaura uma república livre destinada ao prazer. Ele tenta criar o paraíso em poucos dias estipulando as características a serem seguidas, mas seu mundo se transforma em loucura, desorganização, sujeira e primitivismo. O padre, ao tentar fazer o homem voar, cai de um penhasco e morre. Em uma praia, a santa e o guerrilheiro encontram o cérebro e a roupa do padre na areia.
GêneroDrama; Experimental
Termos descritoresPolítica; Terrorismo; Teatro Descritores secundáriosExperimental; Teatro Oficina; Cinema Marginal PrêmiosMelhor diretor e Melhor cenografia para Bardi, Lina Bo no Festival de Brasília, 12, 1979, Brasília - DF.
Produção Companhia(s) produtora(s): André Faria Produções Cinematográficas; Vega I Filmes Ltda. Produção: Sacchi, Luiz Augusto; Guerra, João; Guimarães, Marcos Direção de produção: Silva, Genaldo da; Carvalho, Roberto; Colasso, Julio; Valenzuela, Santiago; Feitosa, Tairone Produtor associado: Sacchi, Luiz Augusto; Guerra, João; Guimarães, Marcos Assistência de produção: Galeguinho; Flores; Maneco
Produção - Dados adicionais Financimento/patrocínio: Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Distribuição Companhia(s) distribuidora(s): Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Argumento/roteiro Argumento: Faria, André Roteiro: Faria, André; Correa, José Celso Martinez
Direção Direção: Faria, André Assistência de direção: Augusto, Otávio; Peixoto, Fernando Continuidade: Pinho, Beti; Abdalla, Sandra
Fotografia Direção de fotografia: Levi, Soly; Bastos, Silvio; Ebert, Carlos Alberto Assistência de câmera: Noel, Rogerio; Tavares, Custódio
Dados adicionais de fotografia Chefe eletricista: Vieira, José Assistente de eletrecista: Peçanha, Delmindo
Som Técnico de som: Tavares, José
Dados adicionais de som Ruídos de sala: José, Geraldo; Cesar
Montagem Montagem: Ramiro, João; Alves, Amauri Assistente de montagem: Nandi, Itala
Direção de arte Figurinos: Bardi, Lina Bo Cenografia: Bardi, Lina Bo Letreiros: Loureiro, Gilberto
Dados adicionais de direção de arte Assistencia de cenografia: Dobal, Renato; Mauro Maquiagem: Henrique, Marino
Música Música: Vaz, Guilherme Guimarães
Dados adicionais de música Música de: Vigliati, Daniel; Aute, Luiz Edvaldo e Carlos, Roberto
Locação: SC Identidades/elenco: Nandi, Ítala (Nossa Senhora das Dores) Borghi, Renato (Padre) Gregório, Carlos (Homem novo, companheiro) Dobal, Renato (Coroinha) Augusto, Otávio (Miliciano) Augusto, Paulo (Prefeito) Cao (Tonho) Zenaider (Cego) Kander, Elizabeth (Fa. de Br.) Brasil, Antonio (Fa. de Br.) Prieto, Carlos (Fa. de Br.) Hering, Elke (Fa. de Br.) Terreno de Umbanda de Malvina Pescadores da Barra
Conteúdo examinado: S Fontes utilizadas: CB/Transcrição de letreiros-Cat CB/EMB-110.1-00015 Folha de S. Paulo, 26.05.1988 Guia de Filmes, 80 FCan/QR1977 ALSN/DFB-LM Fontes consultadas: ACPJ/II FBR/16 EP-VH/CMSF Press-release Press-sheet Observações: ACPJ/II indica no elenco <Herins, Elk> e <Kao>. Há o Certificado de Produto Brasileiro 082 de 14.09.1971, revalidado em 1980, com o número 447, de 12.1980, produtora <Vega I Filmes>, distribuidora <Embrafilme> - Empresa Brasileira de Filmes S.A. e direção de <Faria, André>. Os letreiros do filme estão ilegíveis em algumas partes (sinalizadas com ?). Impossível a leitura do fotógrafo de cena. EP-VH/CMSF refere-se a André Faria como <Faria Jr., André>, grafa o nome de Luiz Augusto Sacchi como <Sache, Luiz A.> e indica duração de 120 minutos. ALSN/DFB-LM informa que o filme ficou mais de dez anos proibido pela censura por conter cenas que agridem "princípios religiosos, família e sociedade", e acabou não indo a Cannes, mas rebeu prêmios e elogios em todo o mundo. Foi lançado somente em 1984. Press-release grafa os nomes de Tairone Feitosa como <Feitosa, Tayrone> e Amauri Alves como <Alves, Amaury> e indica produção de finalização <Moreira Jr., Murillo>. Press-release indica a participação do filme nos seguintes festivais: <Festival de Cannes, 25, 1972> - FR na XI Semana da Crítca Francesa; <Festival de Cannes, 30, 1977> - FR, na Quinzena dos Realizadores; <Cine Olimpic Entrepôt, 1977, Paris> - FR; <Festival de San Sebastian, 25, 1977> - ES, Seção Novos Diretores; <Festival de Gramado, 6, 1978>, Seção Especial e <Festival de Brasília, 12, 1979> - DF. Press-sheet indica câmera de <Ebert, Carlos Alberto>, <Soli, Levi> e <Bastos, Silva>.
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