Daniel Diniz é taxista e mora num subúrbio de São Paulo. É muito austero e rígido com a esposa, a infeliz Adalgisa, e o filho, Joaquim. Certa noite um casal tenta assaltar o taxista, que reage e mata os bandidos. Ele nada conta à esposa, mas esta percebe o seu nervosismo. Uma equipe de filmagem utiliza a vila em que eles moram como cenário e, na ausência de uma atriz, Adalgisa é convidada para fazer uma pequena participação. Ela aceita sem consultar o marido. Outra produção chama Adalgisa que insiste com Daniel para que permita que ela trabalhe como atriz, e ele acaba cedendo. É uma pornochanchada, e ela consegue um papel importante. Adalgisa leva o marido na estréia. Depois de assistir o filme, Daniel se volta enfurecido contra a esposa que reage ameaçando-o com uma arma. Ele vai embora e promete que Adalgisa nunca mais verá nem ele nem o filho. Anos depois, Joaquim, já adolescente, trabalha meio período no táxi do pai. Um dia, por acaso, Adalgisa pega um táxi e é seu filho quem está dirigindo. Joaquim conta para o pai do encontro com a mãe. Algum tempo depois, Daniel surpreende Joaquim com a mãe. Como presenciara o assassinato do ex-galã César Llamas, que virara travesti, Daniel se apresenta para a polícia como autor do crime. Ante a incredulidade policial, o taxista inventa a participação em outros crimes ainda não solucionados. Joaquim tenta ajudar Daniel a se recuperar de suas paranóias enquanto assiste a decadência da carreira de Adalgisa, dependente de drogas. Daniel mata a ex-esposa e confessa o crime, pensando que a polícia não iria lhe dar crédito. Como Adalgisa fora assassinada após violenta discussão com o filho, este é o principal suspeito. Joaquim, ao perceber o desespero do pai tentando comprovar a sua responsabilidade pelo crime, também se declara culpado, enquanto o pai é espancado pela polícia que já se encheu das falsas confissões de Daniel.

Drama

Crime; Cinema; Comportamento social

Homicídio; Família

São Paulo - SP

Melhor filme; Melhor direção; Melhor roteiro para Prado, Guilherme de Almeida; Melhor direção de arte para Rossi, Luiz; Melhor Som para Sasso, José Luiz; Melhor ator para Mayer, José; Melhor ator coadjuvante para Lewgoy, José; Melhor atriz coadjuvante para Faria, Betty no Festival de Brasília, 25, 1992, Brasília - DF.