A NOITE

Certificado de Produto Brasileiro 793 de 05.12.1984.

Exibido no Rio de Janeiro a 03.03.1986.

"Cai a noite, quando num bairro elegante de Porto Alegre, uma mulher da sociedade é barbaramente assassinada. Toda a polícia se movimenta imediatamente para identificar e deter o assassino. Um homem com cerca de 35 anos vaga por uma grande avenida. Traja roupas finas, seu andar é elegante. Seu relógio quebrado marca 18hs e 47 minutos. O homem procura nos bolsos seus documentos. Não os acha. Tampouco se reconhece nos objetos que carrega: uma carteira cheia de notas, uma entrada de teatro, um lenço manchado de sangue. Cruzando com pedestres para quem aquela noite será como outra qualquer, ele busca recuperar sua memória e sua identidade. Aflito, tonto, anda sem parar até se encontrar num bar de última categoria em algum ponto do submundo de Porto Alegre. Sua presença, seus trajes, seu ar fino contrastam com os freqüentadores daquele lugar e desperta atenção de dois vigaristas - o Mestre e o Anão - que suspeitam que aquele homem estaria fugindo de alguma coisa. Todas as evidências levam a crer que o desconhecido é o autor do crime que mobiliza toda a cidade. Ele próprio, inclusive, não consegue negar esta possibilidade. Paralelamente, um delegado ambicioso, pressionado por influentes personalidades, constrói um plano para elucidar o caso rapidamente, não excluindo a possibilidade de apresentar um falso criminoso. Enquanto a polícia revira a cidade, os dois chantagistas, excitados com a idéia de terem nas mãos o assassino, 'seqüestram-no' e o obrigam a uma peregrinação noturna onde tudo acontece. A presença de Ruiva, famosa prostituta daquela área, que vez por outra se junta ao estranho trio, desperta naquele homem várias lembranças e sensações que o fazem sentir-se próximo de recuperar a memória. A noite avança como um trem fantasma. Desesperado, esgotado, o desconhecido não oferece mais resistência. Ele é agora apenas um joguete nas mãos dos vigaristas que armam o último bote: abandonam sua vítima nos braços de Ruiva e vão a polícia denunciá-lo. Lá chegando, encontram um verdadeiro batalhão de fotógrafos e jornalistas. O delegado se preparava para apresentar o falso assassino. Aflitos, o Mestre e o Anão tentam intervir chamando atenção sobre o seu suspeito, mas o delegado é irredutível. No auge da confusão, o verdadeiro assassino se apresenta à delegacia, desmontando a farsa do delegado e as suspeitas dos vigaristas. Enquanto isso, nos braços de Ruiva, o desconhecido desperta assustado. Sua memória voltou, subitamente. Termina ali sua longa noite de pesadelos." (Concine/Ficha Técnica)

Policial

Literatura; Crime

Adaptação para cinema

Porto Alegre - RS

Prêmio Pierre Kast de Melhor diretor estreante no Fest Rio, 1, 1984 - RJ..
Melhor ator para Peréio, Paulo Cesar; de Melhor ator coadjuvante para Otávio Augusto; de Melhor atriz coadjuvante para Aché, Cristina; Prêmio Vasp de melhor ator para Peréio, Paulo Cesar; e Prêmio Especial de Fotografia para Penido, Antonio no Festival de Gramado, 13, 1985 - RS..
Melhor direção de arte para Uranga, Arturo no Rio-Cine Festival, 1, 1985.