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INOCÊNCIA Categorias Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Material original 35mm, COR, 118min, 3.220m, 24q, Eastmancolor, 1:1'66
Data e local de produção Ano: 1983 País: BR Cidade: Rio de Janeiro Estado: RJ
CertificadosRegistro 67/82; Resolução 91173.Resolução do Concine 02/72 Data e local de lançamento Data: 1983.06.23 Local: São Paulo Circuito: Metrópole e Belas Artes
Circuito exibidorExibido em Belo Horizonte a 26.09.1984, na sala Humberto Mauro, na mostra Cinema e Juventude
SinopseEm fins do século XIX, no Brasil colonizado e rural, explode de forma velada, porém trágica uma grande história de amor. É tempo de malária, doenças bravas, costumes rígidos e princípios de honra. O sertão mineiro abriga uma natureza exuberante e um homem violento, ignorante, opressivo no trato com a família, sobretudo com as mulheres, e ingênuo. Mas também esconde nos casarões e nos corações os olhares furtivos, as juras de amor, as fugas ao luar, o limiar da paixão eterna e impossível. É neste cenário que acontece o amor de Cirino e Inocência. Cirino é médico viajante, agarrado ao velho compêndio de Chervoniz. Em suas andanças à cata de clientes, encontra Martinho Pereira, sertanejo que fora à Vila de Santana comprar quinino para sua filha Inocência, com malária. Menina bonita, frágil, sempre resguardada pelo pai e vigiada por um servo anão, ela não tem vontade própria e o pai já lhe escolheu um marido, Manecão, rico fazendeiro que representa a possibilidade de aumento de patrimônio para o velho Martinho. Mas ao entrar no quarto da menina, peça sagrada da casa e proibida para estranhos. Cirino de imediato se encanta por ela e não consegue mais esquecê-la. O hábito sertanejo de hospedar viajantes traz à casa de Martinho o alemão Meyer, cientista naturalista em pesquisas de insetos e plantas tropicais. Meyer carrega em sua bagagem, além de uma infinidade de tipos de borboleta, uma carta do irmão de Martinho, que o alegra muito e o faz ter grande simpatia pelo entomologista. Ignorante e analfabeto, o pai de Inocência se impressiona com a sabedoria e o objeto de estudo do estrangeiro; Martinho não só lhe oferece a casa, como também lhe concede a honra de apresentar a filha, já recuperada da febre. Meyer se surpreende com a beleza da menina e confessa sua surpresa pelo mau costume brasileiro de esconder as mulheres. O constrangimento é grande e o pai fica enfurecido com a ousadia do alemão. Os dias passam, Meyer caçando borboletas na floresta, Martinho indignado com seu hóspede, lamentando a ausência de Manecão que poderia tomar uma atitude, Cirino curando e procurando Inocência. Inocência se descobrindo apaixonada. Ela percebe que já não pode mais controlar seu coração: apesar de escondida, vigiada e sem vontade própria, ela vai se libertando através do amor de Cririno. Até que os dois se encontram, escondidos sob o luar do sertão, embriagados de paixão. No entanto Tico, o anão mudo, a tudo assiste. Cirino propõe fuga a Inocência, que não vê esperança para os dois - a promessa do pai a Manecão não pode ser quebrada. A única saída é Cirino pedir ao padrinho dela, a quem Martinho deve favores, que interceda por eles. O alemão parte, tirando um peso das costas do sertanejo, e Cirino também, a pretexto de buscar mais remédio para os doentes. É quando chega Manecão. Inocência se recusa a vê-lo e diz que só se casará com o homem que ama. Martinho atribui a Meyer a mudança em sua filha; o Manecão sai para matá-lo e Tico vai com ele. Na vila de Santana, ao apontar para o alemão, Manecão fica sabendo que não é ele e sim o doutor o amado de Inocência. Cirino conversa com o compadre de Martinho e este, impressionado com a paixão do rapaz, lhe promete uma resposta em três dias. É o tempo da tragédia. Inocência tenta fugir de casa mas o pai a impede; a doença recrudesce. Manecão acha Cirino, no local do encontro com o padrinho. Quando este chega, com a resposta positiva, é tarde demais. Separados, cerceados, Cirino e Inocência vivem um amor puro, eterno, libertador, acima do Bem e do Mal, mas para sempre impossível.
GêneroDrama
Termos descritoresLiteratura Descritores secundáriosMalária; Entomologista; Adaptação para cinema Termos geográficosMG PrêmiosInstituto Nacional do Livro, 1969.. Segundo Coral no Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, 1983 - CU.. Melhor Direção, Melhor Ator Coadjuvante (Vasconcelos, Sebastião, Melhor Fotografia (Farkas, Pedro) e Prêmio Especial da Crítica - Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, 1983. . Melhor Roteiro (Lima Jr., Walter - Associação Paulista dos Críticos de Arte, 1983. Melhor Filme e Melhor Diretor - Prêmio Air France de Cinema, 1983.. Prêmio Coral, 2o. - Festival do Novo Cinema Latino-Americano, 1983 - Havana-Cuba. Prêmio de Melhor Diretor de 1983 - Associação Brasileira de Cineastas ABRACI, 1984
Produção Companhia(s) produtora(s): L.C.B. Produções Cinematográficas Companhia(s) co-produtora(s): Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A. Companhia(s) produtora(s) associada(s): Merlin Produções Cinematográficas Ltda. Produção: Barreto, Lucy; Barreto, Luiz Carlos; Calmon, Antônio Direção de produção: Silva, Fernando Produção executiva: Salete, Maria da Produtor associado: Lima Jr., Lima; Villela, Luciola; Salete, Maria da Assistência de produção: Preciozo, Juarez; Bittencourt, René; Dantas, Cadu
Produção - Dados adicionais Secretaria de produção: Empresa de figuração: Visual; Populares de Barra de São João
Argumento/roteiro Roteiro: Lima Jr., Walter Adaptação: Barreto, Lima
Estória: Baseada no romance <Inocência> de <Taunay, Visconde de>
Direção Direção: Lima Jr., Walter Assistência de direção: Wainer, Bruno; Wilson, Carlos Continuidade: Jessouroum, Tereza
Fotografia Direção de fotografia: Farkas, Pedro Câmera: Farkas, Pedro Assistência de câmera: Elias, Cesar; Celsinho Efeitos especiais de fotografia: Farjalla, Sérgio Fotografia de cena: Jobim, Ana Trucagens: Mendes, João
Dados adicionais de fotografia Fotografia adicional: Luiz, Antônio Operador de VT: Jobin, Ana Eletricista: Guimarães Assistente de eletrecista: Finizzola, Wildemilson; Telles, Aroldo; Pereira, José Maquinista: Paquetá Auxiliar de maquinista: Carlão
Som Direção de som: Saldanha, Jorge Som direto: Saldanha, Jorge Mixagem: Sasso, José Luiz; Fontora, Denize
Dados adicionais de som Operador de microfone: Santana, Joaquim Contra-regra do som: Dias, Delanyr
Montagem Montagem: Higino, Raimundo Assistente de montagem: Santos, Peri; França, Lewis Montagem de som: Fontoura, Denise
Direção de arte Figurinos: Eichbauer, Diana Cenografia: Ovale, Cláudia; Dias, Delanyr; Liuzzi, Carlos Letreiros: Steen, Ricardo Van; Carvalho, Ucho Programação visual: Steen, Ricardo Van; Carvalho, Ucho
Dados adicionais de direção de arte Assistencia de cenografia: Ovale, Ana Cláudia; Dias, Delanyr Contra-regra/acessórios de cenografia: Dias, Delanyr Montagem de cenário: Cosme; Cosme Maquiagem: Grega, Ana; Grega, Ana Guarda-roupeira: Guia, Maria da Assistência de figurino: Sampaio, Viviane
Música Música: Tiso, Wagner
Dados adicionais de música Título da música: Azulão; Música de: Ovale, Jayme e Bandeira, Manuel; Intérprete(s): Costa, Telma
Título da música: Tristezas do Jeca; Música de: Oliveira, Angelino de;
Título da música: Luar do Sertão Música de: Cearense, Catulo da Paixão
Identidades/elenco: Xavier, Chica (Maria Conga) Celulari, Edson (Cirino) Filipe, Carlos (Farmacêutico) Vasconcelos, Sebastião (Martim Pereira) Velha, Ney Villa Rudolph, Rainer (Mayer) Torres, Fernando (Cesário) Zambelli, Ricardo (Manecão) Dias, Chico (Juca) Apresentando: Santos, Kleber (Coelho) Colassanti, Manfredo (Padre) Torres, Fernanda (Inocência) Reis, Raimundo (Colono) Solviatti, Sandro (Leproso) Fino, Jorge(Tico)
Conteúdo examinado: S Fontes utilizadas: CB/Transcrição de letreiros-Cat CB/Ficha Filmográfica CCSP/LMP Embrafilme/Catálogo 1986 CA/AF Fontes consultadas: FBR/16 Observações: FBR/16 aponta <Tiso, Wagner> em música original e <Lima Jr., Walter> em trilha sonora. Participou do <Festival de Brasília, 16, 1983>, Brasília - DF.
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