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O PROFETA DA FOME Categorias Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Material original 35mm, BP, 93min, 2.410m, 24q
Data e local de produção Ano: 1969 País: BR Cidade: São Paulo Estado: SP
CertificadosCertificado de Censura Federal 48.114 de 24.02.1970, 10 cópias, proibido para menores de 18 anos.Certificado do Instituto Nacional de Cinema 249 de 06.02.1970. Data e local de lançamento Data: 1970.06.13 Local: São Paulo
SinopseNum circo pobre trabalham um palhaço, um homem que se fantasia de leão, Manoel, o domador de leões, um mágico e sua sobrinha, um faquir, um malabarista e o proprietário do circo, seu Zé. A grande atração do circo é o João que se apresenta como o faquir Ali Khan no número "Os manjares do demônio", no qual come giletes, pregos, cacos de vidro e parafusos. Após o número do faquir, a sobrinha do mágico põe na vitrola um disco com o rugido de um leão e o homem fantasiado finge ser a fera. O público percebe a farsa e promove um quebra-quebra. João propõe à sobrinha do mágico ser sua ajudante nas apresentações e sua companheira na vida. Os dois fazem sexo num celeiro das redondezas. O mágico morre de fome. Desesperado, seu Zé força Ali Khan a fazer o número "Homem que come gente". No dia do espetáculo, o circo está lotado, todos querendo assitir ao canibal em ação. Entretanto, Ali Khan não consegue comer o menino que lhe fora oferecido pela platéia. O público começa um tumulto que culmina em incêndio. João, sua companheira e Manoel fogem e no caminho se juntam a um cego violeiro. Em disputa por um pedaço de pão, Manoel fura um olho de João e ameaça furar o outro, porém a moça bate com uma pedra em sua cabeça. João e sua companheira se põem de novo na estada. Ao chegarem numa cidadezinha, João decide fazer o mais novo número de Ali Khan: ser crucificado vivo, pregado pelas mãos. O povo passa a idolatrar Ali Khan, dando-lhe dinheiro e deixando ex-votos a seus pés. O padre, o delegado e o coronel decidem prender o homem que está lhes tirando o poder. O povo acampa na frente da delegacia onde se encontra o seu guia espiritual. João é solto após passar dias sem comer e decide ser um artista da fome. Em São Paulo, Ali Khan fica famoso ao conseguir bater o recorde mundial da fome, cem dias, e é homenageado em cerimônia ilustre como "o campeão da fome". Por fim, Ali Khan permanece em sua cama de pregos, sem comer, velho e só, num lixão.
GêneroDrama
Termos descritoresCirco; Alimentação Descritores secundáriosCanibalismo; Fome; Cinema Marginal PrêmiosPrêmio Air France, 6, 1970, RJ, de Melhor diretor e Melhor ator para Valle, Maurício do.. Prêmio Curumim do Clube de Cinema de Marília, 1971, SP.. Prêmio Coruja de ouro, 1979, para Melhor fotografia e Oitavo lugar entre Os Melhores Filmes do Ano do INC - Instituto Nacional de Cinema.. Melhor argumento; Melhor roteiro; Melhor diálogo; Melhor montagem; Melhor ator coadjuvante para Valle, Maurício do e Melhor atriz coadjuvante para Miranda, Júlia no Festival de Brasília, 6, 1970, Brasília - DF.. Prêmio Governador do Estado, 1970, SP, de Melhor diretor.
Produção Companhia(s) produtora(s): Fotograma Produtora e Distribuidora de Filmes Ltda. Direção de produção: Almeida, Hamilton de Produtor associado: Santos, Odécio Lopes dos Assistência de produção: Stulbach, Roman; Koudela, Jan; Solnick, Alexandre
Produção - Dados adicionais Financimento/patrocínio: Fundo Estadual de Cultura do Governo do Estado de São Paulo
Distribuição Companhia(s) distribuidora(s): Cinedistri - Companhia Produtora e Distribuidora de Filmes Nacionais
Argumento/roteiro Argumento: Capovilla, Maurice; Peixoto, Fernando Roteiro: Capovilla, Maurice; Peixoto, Fernando
Direção Direção: Capovilla, Maurice Assistência de direção: Penna, Hermano Continuidade: Lima, Mario
Fotografia Direção de fotografia: Bodanzky, Jorge Câmera: Bodanzky, Jorge Assistência de câmera: Meliande, Antonio Fotografia de cena: Toledo, Ruth
Dados adicionais de fotografia Eletricista: Mataran, Angelo Maquinista: Portioli, Cláudio
Som Técnico de som: Cabalar, Julio Peres
Montagem Montagem: Renoldi, Sylvio
Direção de arte Figurinos: Império, Flávio Cenografia: Império, Flávio
Dados adicionais de direção de arte Assistencia de cenografia: Campos Jr., Plácido de; Raulino, Aloysio
Música Trilha musical: Rossi, Rinaldo
Canção Título: Ôlho por ôlho Autor da canção: Santos, Adauto Intérprete: Santos, Adauto
Locação: São Paulo - SP; São Luís do Paraitinga - SP Identidades/elenco: Marins, José Mojica (Alikan) Valle, Maurício do (Domador) Miranda, Júlia (Maria) Hingst, Sérgio (Seu Zé) Soares, Jofre (Padre) Império, Flávio (Soldado) Evangelista, Silvio (Equilibrista) Lima, Mário (Espectador) Mataran, Angelo (Espectador) Abreu, Luiz Bernardet, Jean-Claude Almeida, Hamilton de Participação especial: Bittencourt, Lenoir (Mágico) Santos, Adauto (Cantador cego) Brito, Heládio (Delegado) Fuxico(Palhaço)
Conteúdo examinado: S Fontes utilizadas: CB/Transcrição de letreiros-Cat ALSN/DFB-LM CENS/II Guia de Filmes, 29/68 CB/Ficha Filmográfica CB/Documentação Diversa Folha de S. Paulo, 12.06.1970 Fontes consultadas: ACPJ/II FBR/16 FBR/6 Press-release Observações: Guia de Filmes 29 indica também <Almeida, Hamilton de> como roteirista. Outras fontes apontam <1970> como o ano de produção. Na Folha de S. Paulo, Capovilla afirma que O PROFETA DA FOME é seu filme mais pessoal e que a idéia surgiu tanto do exemplo do faquir Silk, que ficou 100 dias sem comer numa urna instalada na Avenida São João e bateu o recorde mundial de jejum, como do ensaio "A estética da fome", de Glauber Rocha.
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