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O PAGADOR DE PROMESSAS Categorias Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Material original 35mm, BP, 96min, 2.250m, 24q
Data e local de produção Ano: 1962 País: BR Cidade: São Paulo Estado: SP
CertificadosCertificado de Censura Federal 5.806, de 03.07.1962, Livro 1, 20 cópias. 2.642m, proibido para menores de 10 anos.Certificado de Censura Federal 6.360, Livro 1, de 26.06.1962, 30 cópias, 95m, trailer.Censurado em 03.08.1962, 30 cópias, 90m, trailer.Censurado em 08.08.1962, 20 cópias, 2.600m.Certificado de Produto Brasileiro: B0500384200000 de 30.09.2005. Data e local de lançamento Data: 1962.08.06 Local: São Paulo Sala(s): Art-Palácio
SinopsePara cumprir uma promessa a Santa Bárbara, Zé-do-Burro carrega uma cruz nas costas de sua casa no sertão até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador. Rosa, sua esposa, acompanha-o nesta caminhada de sete léguas. Como parte da promessa ele havia dividido seu sítio no interior com os sitiantes mais pobres da região. A caminhada com a cruz até Salvador seria a segunda parte da promessa. Porém, ao chegar com a cruz até a porta da igreja, ele entra em conflito com Padre Olavo, que se horroriza ao tomar conhecimento de que tal promessa havia sido feita para que o melhor amigo de Zé, um burro doente, ficasse curado. Além disso, a promessa fora feita no terreiro de Iansã, mas para Padre Olavo essa diferença é óbvia: Iansã e o candomblé são símbolos do diabo. Assim, ele manda fechar as portas da igreja para que Zé, com a sua cruz, não possa entrar. Do lado de fora, nos degraus da escadaria da Igreja de Santa Bárbara, Zé, sem saber como argumentar e sem sequer entender os motivos de Padre Olavo, fica com a sua cruz e a determinação de pagar sua promessa a qualquer preço. Enquanto isso, Rosa deixa conquistar-se pelo galante Bonitão, um gigolô da vida noturna de Salvador, que lhe dá a oportunidade de sonhar com a cidade e com toda a luxúria que ela poderia oferecer. Dividida entre Zé e Bonitão, Rosa se encontra numa situação cada vez mais oscilante. Zé, que espera diante da igreja, provoca reações e atenções da população de Salvador. Enquanto Padre Olavo procura achar uma saída para uma situação politicamente desfavorável, Zé-do-Burro vai progressivamente e involuntariamente se tornando um herói. Os comerciantes da praça começam a usar a presença de Zé para fazer negócios às suas custas. A imprensa, farejando uma boa história, transforma o ingênuo Zé em uma figura revolucionária, que reparte suas terras com os necessitados, favorável à reforma agrária. O jornal se declara disposto a apoiar a futura carreira política de Zé em troca da exclusividade de sua história. Até o poeta de rua, Dedé, pensa em lucrar com a publicação do sofrimento de Zé. Para agrado da população negra e dos insatisfeitos com a postura de Padre Olavo e da Igreja , Zé decide enfrentar a autoridade católica. A população negra de Salvador se coloca ao lado de Zé, mas ninguém parece querer escutar o que ele tem a dizer. Ele só quer pagar sua promessa. Quando a polícia chega para prendê-lo, produz-se um tumulto, no qual Zé acaba morrendo. E assim ele é transformado de herói involuntário em herói trágico. (Baseado em Cinemais, n.23, maio-jun, 2000)
GêneroDrama
Termos descritoresTeatro; Imprensa; Religião Descritores secundáriosAdaptação para cinema; Igreja Católica; Candomblé; Sertão; Capoeira; Prostituição Termos geográficosSalvador - BA PrêmiosPalma de Ouro no Festival de Cannes, 15, 1962, Cannes - FR.. Prêmio Darius Milhaud de Melhor Filme.. Prêmio Golden Gate de Melhor Música e Prêmio Especial do Juri no Festival de São Francisco, 1962, São Francisco - US.. Prêmio Cabeza de Palanque no Festival de Acapulco, 1962, Acapulco - MX.. Prêmio Sapatos Viejos no Festival de Cartagena, 1, 1962, Cartagena - CO.. Prêmio Especial no Festival de Bucareste, 1962, Bucareste - RO.. Prêmio Critic's Award no Festival de Edimburgo, 1962 - GB.. Prêmio Saci, 1962 de Melhor Filme; de Melhor Produtor para Massaini, Oswaldo; de Melhor Ator para Villar, Leonardo e Prêmio Especial para Duarte, Anselmo e Gomes, Dias.. Prêmio Governador do Estado de São Paulo, 1962 de Melhor Filme; de Melhor Produtor para Massaini, Oswaldo; de Melhor Diretor para Duarte, Anselmo; de Melhor Ator para Villar, Leonardo; Melhor Argumento para Gomes, Dias.. Prêmios de Melhor Filme; de Melhor Diretor para Duarte, Anselmo; de Melhor Ator para Villar, Leonardo; de Melhor Atriz para Bengell, Norma; de Melhor Ator Secundário para Rey, Geraldo d'el; de Melhor Revelação para Menezes, Glória no Festival de Curitiba, 5, 1962, Curitiba, PR.. Prêmio Cidade de São Paulo, 1962 do Júri Municipal de Cinema de Melhor Diretor para Duarte, Anselmo; Melhor Ator para Villar, Leonardo; de Melhor Atriz para Menezes, Glória; de Melhor Ator Secundário para Ferreira, Roberto; de Menção Honrosa para Bengell, Norma; de Melhor Argumento para Gomes, Dias; de Melhor Fotografia para Fowle, H. C.; de Melhor Composição para Migliori, Gabriel; de Melhor Edição para Coimbra, Carlos.. Troféu Cinelândia, 1962 de Melhor Filme; de Melhor Diretor para Duarte, Anselmo; de Melhor Ator para Villar, Leonardo; de Melhor Atriz para Menezes, Glória.. Menção Honrosa no Festival de Sestri-Levante, 1962, Sestri-Levante - IT.. Menção Especial no Festival de Locarno, 1962, Locarno - SZ.. Menção Honrosa no Festival de Toronto, 1962, Toronto - CA.. Menção Honrosa no Festival de Karlovy-Vary, 1962, Karlovy-Vary - CZ.. Menção Especial no Festival de Moscou, 1962, Moscou - RU.
Produção Companhia(s) produtora(s): Cinedistri - Companhia Produtora e Distribuidora de Filmes Nacionais Companhia(s) co-produtora(s): Anselmo Duarte Produção: Massaini, Oswaldo Direção de produção: Massaini, Oswaldo Produção executiva: Massaini, Oswaldo Assistência de produção: Teles, José; Rosado, Rui
Produção - Dados adicionais Gerente de produção: Ribeiro, Roberto
Distribuição Companhia(s) distribuidora(s): Cinedistri - Companhia Produtora e Distribuidora de Filmes Nacionais; Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Argumento/roteiro Roteiro: Duarte, Anselmo Diálogos: Gomes, Dias
Estória: Baseada na peça teatral homônima de <Gomes, Dias>
Direção Direção: Duarte, Anselmo Assistência de direção: Teles, José Continuidade: Araujo, Adelice
Fotografia Direção de fotografia: Fowle, Chick Câmera: Gabriel, Geraldo Assistência de câmera: Fraga, Marcial Alfonso Fotografia de cena: Duarte, Anselmo
Dados adicionais de fotografia Eletricista: Muromatsu, Antonio; Brimo, Girolamo; Segatio, João Carlos Maquinista: Santos, R. Plinio dos
Som Direção de som: Foscolo, Carlos Engenharia de som: Costa, Juarez Som direto: Foscolo, Carlos
Montagem Montagem: Coimbra, Carlos Montagem de som: Foscolo, Carlos
Direção de arte Direção de arte: Araujo, José Teixeira de Figurinos: Segatio, João C. Cenografia: Araujo, José Teixeira de
Dados adicionais de direção de arte Maquiagem: Marques, Gilberto Assistência de figurino: Segatio, João C.
Música Trilha musical: Migliori, Gabriel
Canção Título: Exaltação à Bahia; Autor da canção: Paiva, Vicente e Garcia, Chianca de;
Título: Cisne branco; Autor da canção: Santo, Antonio M. E. e Macedo, Benedito X. de;
Título: Dorinha meu amor Autor da canção: Freitas, José Francisco de
Locação: Salvador - BA Identidades/elenco: Vilar, Leonardo (Zé do Burro) Menezes, Glória (Rosa) Azevedo, Dionísio (padre Olavo) Rey, Geraldo d'el (bonitão) Ferreira, Roberto (Dedé) Bengell, Norma (Marly) Bastos, Othon (jornalista) Gaúcho, Milton (guarda) Pitanga, Antonio (capoeirista Mestre Cóca) Torres, Carlos (monsenhor) Marques, Gilberto (galego) Torres, Enoch (delegado) Sordi, João de (secreta) Diniz, Velvedo (sacristão) Conceição, Maria (minha Tia) Simões, Irenio (secretário do jornal) Silveira, Walter da (bispo) Lopes Filho, Napoleão (bispo) Penna, Jurema (beata) Liguori, Alair (beata) Rabelo, Cecília (beata) Muramatsu, Antonio Brimo, Girolamo Segatio, João Carlos
Conteúdo examinado: S Fontes utilizadas: CB/Transcrição de letreiros-cat CB/Ficha filmográfica Programadora Brasil/5 CCSP/LMP Certificado de Censura Cinemais, n.23, p.43-64, maio-jun, 2000. Site, Overmundo, disponível em http://www.overmundo.com.br/banco/pagador-de-promessas-impossiveis, acesso em 22.03.2010. CB/EMB-110.2-00691 Site, Ancine, disponível em: http://sad.ancine.gov.br/obrasnaopublicitarias/pesquisarCpbViaPortal/pesquisarCpbViaPortal.seam, acesso em: 12.01.18. Fontes consultadas: LRB/CP RB/AN64 RB/AN65 ExibAn/62 JCB/BTC IS/RI JMC/PCP Observações: CB/ Ficha filmográfica infroma que o filme possue 2.539m. Em 03.09.1962 a impropriedade do filme foi aumentada para 14 anos, por ordem da Portaria 2619/62 do Juizado de Menores. Em 27.11.1962, pela Portaria 2657/62, aumentou-se para 16 anos. A fonte IS/RI acrescenta: "A censura estadual da Guanabara não procedeu a cortes n'O pagador de promessas, mas não perdeu a chance de divergir de Brasília: enquanto o órgão federal determinou faixa de dez anos, os funcionários cariocas consideraram que só poderia ser visto por maiores de 18 anos, reduzindo significativamente o público potencial do filme." ACPJ/I acrescenta <Teles, José> como assistente de direção; chama Girolamo Brimo de <Bruno, Girolano>; no elenco inclui <Gabriel, Geraldo>; <Aguiar, Jandira>; <Fraga, Marcel>; <Serra, Otoniel>; <Ribeiro, Roberto> e <Gonçalves, Waldemar>. ALSN/DFB-LM informa que houve indicação ao <Oscar> de <Melhor Filme Estrangeiro>, 1963, EUA. Chama Girolamo Brimo de <Brino, Girolino>, João de Sordi de <Desordi, João> e inclui no elenco <Sena, Conceição> e <Matos, Garibaldo>. A distribuição seria da Cinedistri e <Embrafilme>. Exibido em Portugal em 1962 com 2.625m, 95min de projeção pela empresa <Produções Francisco de Castro>. Algumas fontes indicam o tempo de projeção de 100 minutos. O nome de Marcial Alfonso Fraga também aparece como <Braga, Marcial Afonso>. Programadora Brasil/5 informa que a obra participa do <Programa 233>, intitulado <O pagador de promessas>. <Pitanga, Antonio> é nome artístico de <Sampaio, Antonio Luiz>.
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