Exibido no Rio de Janeiro a partir de 06.01.1995, no Gávea.
Exibido em São Paulo a partir de 03.02.1995, no Espaço Banco Nacional, no Olido 2 e no Vitrine.

A história de CARLOTA JOAQUINA é contada por um escocês à sobrinha. O estrangeiro revela que o Brasil teve uma rainha e que esta odiava o marido e se deitava até com serviçais. Segundo o narrador, a "hospitalidade" brasileira tem origem histórica. Para a instalação da corte de D. João VI no Rio, várias famílias tiveram de abandonar suas casas.
"Espanha, 1785: uma menina de 10 anos, a infanta Carlota Joaquina, cumpre as etapas de um formal teste para sua aceitação na corte portuguesa como consorte do infante D. João. Aprovada com louvor pelo representante dos Bragança, a pequena descendente da nobre casa dos Bourbon parte para Portugal trocando a alegria flamenca pela tristeza soturna da corte lisboeta onde seu futuro marido, D. João, era conhecido por seu temperamento pacato, lerdo, quase bovino. Portugal, 1808: a corte portuguesa se vê diante do exército de Napoleão e da pressão expansionista da coroa inglesa. Após dilapidar o tesouro português e meter sua corte de 15 mil pessoas em algumas caravelas, D. João atravessa o hemisfério e vem para o Brasil. Soterrada pela diversidade racial que grassava sem preconceitos ao sul do Equador, a família real custa a imprimir o código da realeza européia em seus novos súditos. É nesse ambiente que se formam os herdeiros da dinastia Bragança. D. João ganha ares de Monarca. D. Carlota, apesar de suas restrições aos negros, vive com um jovem negro o seu mais tórrido romance. Anos mais tarde, quando D. João retorna para Portugal carregado do dobro de bens que havia trazido, D. Carlota, não se sabe se pelos mosquitos que lhe devoraram a alma ou pelo calor tropical, joga fora os sapatos para não levar nenhum grão da tão odiada terra: 'Desta terra não quero nem pó', foram suas palavras ao partir." (Press-sheet)

Comédia

História; BR

Rio de Janeiro - RJ

Prêmio Especial do Júri no Festival de Assunção, 1995 - PY.