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O CRIME DOS BANHADOS
Filme desaparecido
Categorias Longa-metragem / Silencioso / Ficção
Material original 35mm, COReBP, 1.200m, 16q, Viragem
Data e local de produção Ano: 1913-1914 Início: 1913.12.00 País: BR Cidade: Pelotas Estado: RS
Data e local de lançamento Data: 1914.02.25 Local: Pelotas Sala(s): Coliseu Pelotense
Circuito exibidorExibido em Pelotas, nos dias 26 e 27.02.1914, no Coliseu Pelotense Exibido em Porto Alegre a 23.03.1914, no Íris, permanecendo quatro dias em cartaz.
SinopseReconstituição de acontecimento da crônica policial. "O trágico episódio ocorrido em abril de 1912, quando uma família inteira foi barbaramente assassinada na Fazenda do Passo da Estiva, no 5§ distrito do município de Rio Grande. O crime foi descoberto no princípio do mês de maio, quando um tropeiro, ao passar pela região conhecida por Banhados, estranhou o mau cheiro e o estado de abandono de uma propriedade. Foram encontrados seis corpos (...). O massacre causou forte impacto na opinião pública do Rio Grande do Sul,. No inquérito policial, que prolongou-se por mais de um ano, foram apontados os três jagunços responsáveis pelo assassinato. Primeiramente, a polícia falou em latrocínio. Como a hipótese de roubo era inconsistente, cogitou-se de uma possível disputa de terras entre dois fazendeiros. (...) Em todo o lugar, à boca pequena, as pessoas não tinham dúvida de que o assassinato era fruto de uma rixa política. Os boatos chegaram aos ouvidos de Borges de Medeiros, presidente (governador) do Estado, o qual nomeou pessoa de sua estrita confiança para presidir o inquérito. Tratava-se do coronel Ramiro de Oliveira, subchefe de polícia da região (...). Os segmentos (do filme), conforme divulgavam os jornais, eram assim titulados: O Dinheiro, A Caça, Os Associados e A Emboscada." (YLS-PHC/FS)
GêneroDrama; Policial
Termos descritoresHomicídio; Política Termos geográficosRS Produção Companhia(s) produtora(s): Guarani Filmes Produção: Xavier, Francisco Vieira; Santos, Francisco
Direção Direção de cena: Santos, Francisco
Fotografia Operador: Santos, Francisco
Dados adicionais de direção de arte Contra-regra/acessórios de cenografia: Alba, M. C.
Locação: RS; Pelotas - RS; Chácara da Baronesa, Pelotas - RS; Fragata, Pelotas - RS; Rua Marechal Floriano, Rio Grande - RS; Praça General Telles, Rio Grande - RS Identidades/elenco: Cardoso, Jayme (o "mocinho") Pinto, Jorge Diniz, Graziela Pera, Abel Pera, Manoel Moraes, Pinto de Cancella, Ribeiro Cancella, Antonieta Xavier, Francisco Vieira Araújo, Oscar Duarte, Oscar Duarte, Antonieta Xavier, Carlos Santos, Francisco
Conteúdo examinado: N Fontes utilizadas: YLS-PHC/FS, p. 64-72 AJP/P in Correio do Povo, Porto Alegre, 17.03.1974, p. 20 TB/CRGS, artigo de Antonio Jesus Pfeil, p. 21 CS/FCB citando depoimentos de Carlos Xavier e Abreu Santos Fontes consultadas: AJP/FCG citando Correio do Povo, 21 e 23.03.1914 FCB/FF Cinearte, 01.03.1935 ALSN/DFB-LM Observações: Acreditava-se que havia sido lançado em duas séries, de quatro partes cada uma. Um anúncio de época, citado por AJP/P, refere-se à primeira série como sendo composta por "um epílogo, quatro extensas partes e 840 belíssimos quadros". YLS-PHC/FS complementa: "Há discrepância quanto à produção dessa segunda parte do filme principalmente por inexistirem dados comprobatórios. Os elementos disponíveis não sustentam tal possibilidade, mas acenam para um fato bastante significativo: ao ser lançado em Porto Alegre, o filme foi anunciado como tendo - além das quatro partes originais - um prólogo e um epílogo, não mencionados antes. (...) Acreditamos que Santos tenha rodado algumas cenas novas, reaproveitado sobras da primeira filmagem e reeditado" o filme. "Em seu depoimento, Homero Santos confirmou esse acréscimo, pois teria projetado o filme por volta de 1930, no Capitólio de Pelotas". Antonio Jesus Pfeil, in TB/CRGS, cita Opinião Pública, de 21.03.1914, no qual foi anunciada a confecção "da segunda parte da película sobre a hecatombe dos Banhados". YLS-PHC/FS informa: "A. J. Pfeil entrevistou o assistente de contra-regra do filme, <Albar, Manuel Cisneiro> que, já muito idoso, só lembrava que o contra-regra chamava-se <Waldemar>. A mesma fonte conta que os créditos eram em cor vermelha, um método que Francisco Santos "empregava com freqüência, colocando sépia, azul, amarelo, verde e outras, segundo as cenas sugerissem luz, vegetação, noite, sol, etc." A indicação do fotógrafo é de CS/FCB. YLS-PHC/FS indica Santos "como eventual operador". Cinearte indica <Xavier, Francisco Vieira> como operador. CS/FCB não inclui Jorge Pinto, Abel Pera e Antonieta Duarte no elenco. Em contrapartida, inclui <Diniz, Jorge>; <Duarte, Clotilde>, o menino <Santos, Mário> e a família <Oliosi>. Quanto a <Santos, Francisco>, no elenco, informa que sua participação como ator tem Abreu Santos como fonte, mas é negada por Carlos Xavier. Informa também que o elenco é o relativo às duas séries. CS/FCB informa por fim que a segunda série teria se chamado <MARIDO FERA, O>. Pesquisas posteriores de AJP/P e YLS-PHC/FS indicam que este seria o título de um outro filme. FCB/FF, citando Alex Viany, informa: "Baseado num crime político mandado praticar pelo Intendente (Prefeito) de Rio Grande e chefe político situacionista (Trajano Lopes)." A segunda série "dava como móvel do crime o roubo". Fotografia: YLS-PHC/FS, p. 72. Nome correto da companhia produtora, segundo GNP/PCG: <Guarany Fábrica de Fitas Cinematográficas>.
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